quarta-feira, 28 de abril de 2010

Preocupante!

Sempre se falou da importância do esporte na formação humana. Mas quando entramos naquela parte do futebol que envolve puramente a grana, independente de qualquer paixão clubística, vêm a tona uma face no mínimo deprimente. Tá certo que alguns pais vêm no futebol uma solução financeira pra seus filhos, aquela solução que não lhes apareceu em vida, mas em alguns casos a criança é entregue à pessoas que tem somente o interesse em enriquecer, independente de qualquer preocupação em valorizar a formação do ser humano como um todo. As pessoas em geral, têm conhecimento desses casos quando se tornam notórios. Exemplos não faltam por aí. Abaixo, reproduzirei uma entrevista dada ao jornal Estadão pela jovem promessa Neymar, jogador do Santos, que logo irá pra algum grande time europeu e que tem seu futuro incerto, considerando a imensa quantidade de jogadores que sonhavam em brilhar na Europa e na Seleção e que acabaram, por circunstâncias da vida, trilhando caminhos diferentes daqueles de seus sonhos de sucesso, fama e glória.

Dói abrir mão de R$ 40 mil (dízimo) ?
Para Deus nada dói. E acho legal. A gente conhece bem o Pastor da Peniel. Faz dez anos que estou lá e agora estão ampliando a igreja. Acho que se a gente acreditar em Deus, as coisas vêm naturalmente. Deus me deu tudo: dom, sucesso…

Falando nisso, qual a parte chata de fazer sucesso ?
Ah, não tem parte chata. Eu acho que é sempre legal.

Já foi vítima de racismo ?
Nunca. Nem dentro e nem fora do campo. Até porque eu não sou preto, né ?

O que gostaria de comprar que ainda não tem ?
Queria um carrão

Mas você acaba de comprar um Volvo XC-60, por R$ 140 mil. Não é um carrão ?
Ah, é, mas queria uma Ferrari. Nunca andei.

Uma Ferrari ou um Porsche ?
Não sei. Qual é melhor ?

Não sei também.
Ah, então eu quero um Porsche amarelo e uma Ferrari vermelha na garagem.

Qual é o seu tipo de mulher ?
Linda

Prefere as loiras, as morenas, japonesas… ?
Tem de ser linda. Sendo linda, tá tudo certo. E só não pode ser interesseira.

Você alisa mesmo os cabelos a cada 20 dias ?
Aliso. Nem sei o que eles (cabeleireiros) fazem. Só sei que tem um cheiro ruim. Mas fica bom porque meu cabelo é meio enrolado. Aí tem que alisar para o moicano espetar. E também pinto de loiro. Sou meio maluco, né ?

Parece que você tira as sobrancelhas também…
Tiro aqui embaixo (diz, penteando-as com os dedos).

E o que mais você faz para cuidar da aparência ?
Depilo as pernas com uma maquininha. Da canela até as coxas. Acho que fica melhor assim. Ah, e faço o pé com a podóloga do CT (Centro de Treinamento do Santos). E, olha aqui, meu pé até que é bonitinho, né ? O pessoal costuma ter a unha preta. Eu, não.

Como gosta de se divertir ?
Depende. Quando eu ganho o jogo, aí saio para bagunçar. Mas se perco, prefiro ficar quieto em casa. Só jogo uma sinuca. Fico chateado, bravo e se alguém fizer uma piadinha na rua… eu não tenho sangue de barata. Também gosto de dançar. Danço de tudo: funk, psy, sertanejo, blackmusic.

Gosta de viajar ?
Gosto de ir para outros lugares, mas não gosto de viajar, não. É chato ficar dez horas dentro do avião. Você anda para lá e para cá e nunca chega.

Qual o lugar que mais gostou de conhecer ?
Os Estados Unidos. Fui para Nova York e Los Angeles. É tudo diferente, né ? A rua, o cheiro. Fui também para Catar, México, Nigéria.

Para onde gostaria de ir ?
Hmmm… para a Disney. Gosto de Parque de Diversões, brinquedos radicais. Tenho medo, mas eu vou. Ah, e Cancún também. Não surfo, mas pego um “jacarezinho”.

Já tirou seu título de eleitor ?
Não tirei. Nem queria, mas vou ter que tirar.

Sabe quais vão ser os candidatos à Presidência ?
Não sei, não.

Gosta do Lula ?
Não to prestando muita atenção nisso. Mas agora vou ter que passar a prestar.

Até onde quer chegar como jogador de futebol ?
Quero ser o melhor do mundo.


E não é que ele conseguiu!! (Parte 2)

By Kibeloco

domingo, 25 de abril de 2010

Falando em "Róqui"...

Oráculo da desinformação, o genial Desciclopédia trás definições sobre os fãs de vertentes do rock.

O que os fãs de rock e suas vertentes pedem para beber em um bar

Rock n' Roll: Pede qualquer coisa com alcool. Bebe até morrer sufocado no próprio vômito.

Heavy Metal: Pede cerveja. Bebe demais e se mantém firme.

Thrash Metal: Pede gasolina.

Power Metal: Pede uma poção mágica.

Viking Metal: Pede hidromel. Fica extremamente bêbado, mas não cai.

Black Metal: Pede sangue de uma virgem.

White Metal: Pede água benta. Afinal, álcool é pecado.

Grunge: Pede Veneno. Não é atendido e decide comprar uma arma.

Rock Progressivo: Pede uma batida. Bebe pouco.

Metal Progressivo: Pede uma batida com tudo que tem direito. Pede várias esperando uma que chegue à perfeição. Fica bêbado e se torna um chato.

Hard Rock: Pede Jack Daniels. Fica bêbado e sai jogando TVs pelas janelas de hotéis.

Gothic Rock: Pede uma taça de vinho e diz que pensa em se matar.

Gothic Metal: Pede uma garrafa de vinho e logo depois se mata.

Doom Metal: Acha o vinho ruim e se mata.

Emocore: Não sabe o que escolher e começa a chorar.

Hardcore: Pede uma smirnoff ice ou qualquer coisa fraca para dizer que bebe.

Punk Rock: Pede uma cachaça barata, para não alimentar o sistema.

Glam Rock: Pede qualquer coisa colorida e brilhante.

New Metal: Pede a bebida mais forte querendo dar uma de bonzão e cai no primeiro gole

Indie Rock: Pede um chá e acrescenta uma gota de vodka pra pagar de bêbado.

New Wave: Pede água.


Para maiores desinformações consulte: http://desciclo.pedia.ws/wiki/Rock

Afinal o que é o Rock???

Um garoto que descobriu o Rock

"Dizem que o Rock´n´Roll começou em 1950 com Bill Halley e seus cometas cantando Rock Around the Clock. Dizem que depois surgiu um cara chamado Elvis em Memphis (EUA) que mudou a cara da juventude e chocou todos os pais daquela geração com seu estilo “sensual” de balançar as pernas. Dizem também que alguns anos depois a Inglaterra invadiu os EUA, não com guerra, mas com cultura. Aí surgiram uns Roqueiros ingleses mais ousados, no começo eram só quatro garotos de Liverpool meio loucos, que sempre cantavam sobre o amor, mas se cansaram e começaram a misturar a música com substâncias alucinógenas, sons, cores, sensações e criaram uma palavra difícil chamada “psicodelia”. As bandas começaram a explorar a fundo todos os sons e limites que os seus instrumentos poderiam fornecer. Tinha até um guitarrista que queimava sua guitarra no palco durante as performances.

O tempo quebrou todas as barreiras e o Rock chegou à sua maturidade com uns jovens cabeludos atravessando seus países em furgões para assistir a um festival que tinha o mesmo nome daquele pássaro amigo do Snoopy, mas o mundo era meio louco naquela época porque o país daqueles jovens entrou em uma guerra que não era deles e muitas pessoas inocentes morriam, mas os jovens que ficaram em suas casas, começaram a usar flores como o símbolo da paz e protestavam, nem sempre pacificamente. Os músicos daquela época não eram mais comportados, alguns quebravam seus instrumentos depois do show, brigavam com a polícia, se drogavam, bebiam. Era meio contraditório pregar a paz e causar tantos problemas. Tinham até uns motoqueiros que entraram na parada e resolveram escrever uma música exaltando a liberdade de se percorrer as estradas sem destino.

Mas nem todos estavam felizes com essa juventude transviada. Na Inglaterra, surgiu um grupo de cabeludos que começou a fazer música contra a hipocrisia do “paz e amor” e, em tempos tão depressivos, escreviam músicas que retratavam uma realidade muito mais sombria e triste do que a filosofia da flor mostrava. Um som cadenciado, soturno e, principalmente pesado, com uma forte aura de misticismo. Estes cabeludos acabaram influenciando muita gente. O resto é história.

Mas para mim, o Rock só começou mesmo 34 anos mais tarde do Bill Halley, quando um garotinho chamado Bruno, então com 4 anos, aprendeu a mexer em uma antiga vitrola (ou toca-discos, como preferir) de seu apartamento em São Paulo. Os pais de Bruno ouviram muito Beatles, Byrds e Animals quando também eram jovens. O pai dele, aliás, tinha uma banda, chamava Vectors que tocava covers dessas bandas nos bares dos anos 60. Nunca gravaram nada, nem tinham grana para isso, e o Sr. Sanchez teve de encostar a guitarra, mas a sementinha do Rock na família foi plantada ali.

O garotinho cresceu, continuava ouvindo Beatles (e vai ouvir sempre), mas começou a descobrir coisas novas também como um Rock, que aqui no Brasil tinha um nome engraçado, até meio grosseiro, chamado Rock “pauleira”. Nunca entendi bem essa descrição, mas o que importa em nossa história, é que em 1989, o garotinho teve contato com uma expressão diferente, que mudaria a sua vida e ele não perceberia o quanto. Heavy Metal.

O Heavy Metal chegou de leve, não pediu permissão para entrar em sua vida, mas também, alguma coisa que chega prometendo revolucionar o mundo (para melhor, ao contrário do que a grande mídia insiste em relatar) e não cobra nada em troca, não precisa de permissão. As músicas já não eram mais vistas apenas como uma simples diversão, já tinha toda uma simbologia, uma nova forma de enxergar as coisas e pessoas ao seu redor. De repente, nomes como Metallica, Black Sabbath, Iron Maiden, e Deep Purple, passaram a ser comuns na vida daquele garoto que estava prestes a encarar a adolescência. Esse garoto, caso você ainda não tenha percebido, era eu.

Sempre encarei o Rock (e muito cuidado com o uso desta palavra, pois a mídia têm distorcido muito as coisas e nem sempre o que ela chama de Rock é isso mesmo, vide os Rock in Rios da vida) como um antídoto para toda a mediocridade que assolava e assola o mundo até hoje. Eles eram meu escapismo para uma realidade nem sempre agradável que me cercava.

No colégio, nunca fui um cara bonito e nem aquele cara que se destacava na Educação Física, aliás, pelo contrário, eu era aquele moleque descoordenado que era sempre um dos últimos a ser escolhido para formar os times. Também, nunca fui muito comunicativo, sempre fui mais introvertido.

Não costumava ir em festas ou baladas. Não me identificava com a música que tocava nesses lugares e nem com as pessoas que os freqüentavam. Sempre tive muitos amigos, é verdade, mas eu era mais caseiro e, se saísse, gostava de ir onde eu pudesse conversar com outras pessoas. Ah, eu sempre odiei dançar também, e isso vem desde a infância diga-se de passagem, onde eu adorava arrumar um motivo para faltar na festa junina do colégio e não ter que participar da porcaria da quadrilha.

Nunca me vesti com o que estava na moda. Sempre usei o tipo de roupa que me fazia bem. Dane-se se estava na moda ou não e se as cores combinavam ou não. Usava o que era confortável e ponto final.

Como você já pôde perceber, eu nunca seria um personagem de Malhação. Aliás, acho que nunca seria personagem de novela nenhuma de canal nenhum de televisão. Mas quer saber? Nunca achei que isso fosse um problema, porque eu cresci com uma visão crítica muito forte sobre o mundo (bela herança dos meus pais) e, honestamente, não acho que minha vida daria muita audiência.

Talvez, por isso que o meu caminho cruzou com o Rock´n´Roll de uma forma tão natural, pois o Rock nunca me disse que tudo isso era errado, pelo contrário, ele não me vendeu a imagem que eu precisava ser bonito, forte e modista para ser feliz.

Logo, desenvolvi minha própria anarquia, e incorporei a atitude ao meu estilo de vida. Sim, nessa época só me vestia de preto, ia com freqüência na Galeria do Rock, usava braceletes e arrisquei deixar meu cabelo crescer. Até comprei uma guitarra e cheguei a montar uma pseudobanda com o Corrales aqui do DELFOS (que acabou entrando em outras bandas depois), mas digamos que a guitarra não foi com a minha cara e preferi continuar somente como um bom ouvinte mesmo. ;-)

Lembro-me que, nessa época, no colégio, talvez tenha sido o momento mais revoltado de minha existência. Desisti totalmente de minha antiga religião (como podia acreditar em uma instituição que prega o amor e queima as pessoas na fogueira por ir contra seus dogmas?), parei de achar que tudo que chegava aos meus ouvidos era a versão final e verdadeira dos fatos e fui buscar meu conhecimento em fontes alternativas, sempre tentando (afinal, nem sempre é possível) formar minha própria opinião sobre as coisas. Li e reli dezenas de livros que falavam sobre milhares de assuntos diferentes e passei a ter uma visão mais aberta sobre a vida. Naturalmente, desisti dos “pré-conceitos” sobre coisas que sequer conhecia e comecei a tentar me aprofundar um pouco mais na realidade de nosso humilde planetinha. Estabeleci uma única regra para mim: não importa se eu goste ou não de alguma coisa, mas precisava sempre entender porque isso ocorria. Não precisei me esforçar muito para entender o porquê eu não suporto funk carioca, axé, pagode, falsos grupos pop, boys bands, ou outras atrocidades musicais.
“Ser” um Roqueiro, é valorizar os seus próprios ouvidos, mas principalmente seu cérebro. Saber que nem tudo que entra em sua casa pela televisão, rádio, jornal ou Internet presta. Ter a consciência de que, se você quer alguma coisa nesse mundo, tem que tirar a bunda da cadeira e ir atrás de seus sonhos. É ter atitude em um mundo carente de raciocínio. É gostar e não gostar de alguma coisa por conta própria, mas saber o porquê destes sentimentos. Ser um Rockeiro não é necessariamente gostar de (ou só de) Rock´n´Roll, mas gostar de si mesmo e saber valorizar as pessoas e coisas que fazem de cada dia, um momento único.

Um dia, quatro garotos de Liverpool, decidiram que queriam passar a vida fazendo música porque não sabiam (e nem queriam) fazer mais nada na vida. Esses quatro garotos, com esse pequeno objetivo, lutaram muito, mas mudaram a vida do Sr. Sanchez, do seu filho, e tenho certeza, dos seus netos. Os Beatles acabaram em 1970, mas seu sonho nunca acabou, por mais que a grande mídia tente, insistentemente, assassiná-lo. Busque dentro de você esses quatro garotos, porque tenho certeza de que, em todos os cantos do planeta, existe um potencial para que cada um de nós faça a diferença.

(...) ouça um daqueles discos ou CDs que mudaram a sua vida. O meu foi Sgt Pepper´s Lonely Heart’s Club Band (Nota do Carlos: o meu foi Balance, do Van Halen) e reflita um pouco sobre o que você tem feito pela sua vida e pelos outros; saiba que cada um de nós tem a capacidade para mudar o mundo e fazer dele um local melhor para vivermos. Não busque inspiração em especiais de canais de televisão ou do rádio, porque estes, só estão interessados no $$$ que o Rock pode fornecer, e nenhuma vez o Rock te cobrou alguma coisa em troca pela liberdade que fornece."
Um garoto que descobriu o Rock (Uma homenagem Delfiana ao Dia Internacional do Rock)
Publicado em 13/7/2004 às 16:51
Texto por Bruno Sanchez

Fonte:http://www.delfos.jor.br/conteudos/index_interna.php?id=181&id_secao=2&id_subsecao=16

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Sobre Tribos Urbanas...

Emo

Este termo originalmente era utilizado para designar o estilo de música “emotional hardcore” dos anos 80 no cenário punk rock. No entanto, nenhuma banda mesmo aquelas que deram origem ao estilo, aceitam o rótulo de emo.
Esta palavra é ambígua, pois pode ser utilizada tanto como um rótulo que agrega bandas que emergem do cenário undergroud, quanto para definir a cultura alternativa onde uma pessoa demonstra muita sensibilidade.

O estilo emo se propagou pelo Brasil em 2003, sendo aderido em quase todo o país. Muitos jovens se identificam com a ideologia emo, outros apenas curtem a forma deles se vestirem. Assim como qualquer outro grupo social, os emos também são alvo de muito preconceito, principalmente pela parte conservadora da sociedade.

Para uma pessoa mais velha ver um rapaz com cabelos mais longos, com a franja caída no rosto, um lápis preto nos olhos e unhas pintadas de preto é algo muito estranho e, na maioria das vezes por não conhecer é que nasce o preconceito. Pois a sociedade sempre impôs parâmetros a serem seguidos por todos, se alguém foge a regra, é considerada uma pessoa anormal, vista como o “mal” da sociedade. Mas, antes de tudo deve-se ter respeito pelo outro, cada um é livre para escolher ser e fazer o que achar melhor. Lembrando sempre que “Meus direitos começam onde terminam os seus...”.

Do que eles gostam?

O emo dá preferência a roupas pretas, podendo utilizar peças de tom claro, porém em sua maioria são tons escuros. Maquiam os olhos com lápis preto, usam franjas caídas no rosto. Curtem um estilo musical que engloba o som pesado do punk rock com letras que falam do sentimento, emoções, etc., um bom exemplo são as bandas NXZero, Simple Plan, Blink 182, entre outras.

Por Eliene Percília
Equipe Brasil Escola.com

Fonte:http://www.brasilescola.com/sociologia/emo.htm

O Calvin é Sensacional!!!

E por falar nisso...

Já que foi postado um vídeo do Garotos Podres, vale a dica de dar uma fuçada no youtube atrás do documentário Botinada, sobre a história do punk no Brasil. Abaixo segue o trailer.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

segunda-feira, 19 de abril de 2010

O velho e pertinente debate sobre download na rede sob a luz do impertinente e sagaz Miguel Sokol.
Edição da Rolling Stone/Brasil, nº 41.

"Liberdade, igualdade e fraternidade. é com um futuro assim que a humanidade sonha há pelo menos 200 anos. E o sonho não acabou, ao contrário, ganhou recursos para ser sonhado em 3D. É só colocar os óculos e ver a mata florescer fluorescente diante dos teus olhos, brilhando colorida num mundo em que todos têm uma trança no cabelo que não é uma trança, mas um cabo USB que serve para fazer download das árvores, dos bichos e até de Deus - tudo de graça. E, quando alguém morre, transferem-se os arquivos da alma do morto para outro hardware, digo, corpo, e assim todos vivem felizes e conectados para sempre em um futuro que só não é perfeito porque o James Cameron vacilou ao colocar um rabo enorme e azul pregado no futuro do seu traseiro. Gostou?


O Bono não. Ao que parece, o vocalista do U2 é contra a idéia de um futuro azul, libertário, igualitário, fraterno e rabudo à base de downloads gratuitos. E o problema não é o rabo. Na guerra 'USA x USB' ele declaradamente torce para o tio Sam: "A única coisa que ainda protege a indústria do cinema e da televisão é o tamanho dos arquivos, mas em breve será possível baixar uma temporada de 24 Horas em 24 segundos." Ele disse e completou: "Talvez os magnatas do cinema tenham sucesso onde os músicos fracassaram, porque uma década de compartilhamento e roubo de arquivos musicais comprovou que os que sofrem são os artistas, sobretudo os jovens compositores, que não conseguem se sustentar apenas com a venda de ingressos". Jovens compositores? O que é isso? Eu quero nomes! A "jovem compositora" mais jovem que eu conheço se fez na internet. Perguntemos à Mallu Magalhães se ela foi prejudicada pelo download ilegal. Ou ao Strokes.

Os "jovens compositores" da dupla Fiery Furnaces não ficam lamentando o fim do disco - o disco como o Bono conhece e não consegue mais vender - em vez disso, eles se inspiraram pela situação e decidiram compor, que é o que devem fazer os compositores, afinal. O resultado já está anunciado, o próximo lançamento da dupla será o Silent Record, um disco silencioso mesmo, nada de áudio: trata-se de um calhamaço de letras, partituras, gráficos e ilustrações musicais. À prova de qualquer download, quem quiser ouvir as próximas músicas do Fiery Furnaces vai ter de tocá-las. E isso não é castigo nem vingança, já que a dupla promoverá shows para os fãs tocarem essas músicas. O Fiery Furnaces é ousado. Ou é o Bono que está ficando velho? Eu ficaria com a segunda opção se fosse uma questão de idade, mas a jovem Lily Allen concorda com o vocalista do U2: "Os fãs precisam gastar para entender o valor das músicas". Liberdade? Igualdade? Fraternidade? Se o futuro é mesmo azul, a chapa do Bono é branca e a vergonha que eu sinto da Lily Allen é vermelha."

sábado, 17 de abril de 2010

La Renga

O sempre subestimado, por nós brasileños, rock and roll castellano, tem no La Renga aquele vigor "estomacal", tão caro ao gênero.

El Spoken

Segue abaixo um vídeo do diretíssimo, e nem sempre politicamente correto, El Spoken.


quinta-feira, 15 de abril de 2010

Primeira Postagem

Refletindo sobre a Sociologia como disciplina do Ensino Médio, descobri por acaso num blog de uma amiga fragmentos interessantes sobre o assunto. Segue abaixo:

"Para Sociologia no ensino médio, portanto, o grande desafio a ser alcançado é promover o questionamento do social de modo a permitir aos alunos uma concepção abrangente dos valores e do daquilo que está em jogo dentro do espaço social, não permitindo que negligenciem as desigualdades, tampouco esquecendo que eles podem tornam-se agentes na busca de soluções para as dificuldades."

"Do meu ponto de vista, acredito que o bom professor é aquele que incentiva aos alunos a tornarem-se autodidatas, que abre o jogo e debate sobre a realidade com propriedade, a crítica não pode ficar apenas no âmbito da constatação e não deve haver posições diferentes para o mesmo tipo de conduta, ele deve explicar, por exemplo, que não adianta nada se indignar com os escândalos da corrupção em Brasília e não ter a mesma postura em relação a um possível desvio de verbas de um político local. Não podemos utilizar máscaras para ensinar e sermos outra pessoa fora da sala de aula."